quarta-feira, 18 de abril de 2012

A Branca de Neve e os Sete Anões

Os filmes e contos de fadas clássicos da Disney acompanham minha vida desde, literalmente, sempre. Antes mesmo de criar qualquer tipo de consciência ou percepção do que estava ao meu redor, meu maior passatempo era assisti-los, repetidamente, inúmeras vezes ao dia. Sempre na companhia da Dadá, que cuidou de mim por mais de treze anos, cantava junto com todas as músicas, incansavelmente, e só sossegava quando as palavras "The End" apareciam na tela.

São vários os filmes que marcaram essa época, mas tenho carinho especial por um deles: 'A Branca de Neve e os Sete Anões'. É a história de uma rainha muito bela, porém má e invejosa, que após ouvir de seu espelho mágico que sua enteada, Branca de Neve, é a mais bela de todas as moças, resolve mandar matá-la. Porém, o carrasco contratado para o assassinato a deixa partir. Durante a fuga pela floresta, Branca de Neve encontra a cabana dos sete anões, que trabalham em uma mina, e que passam a protegê-la. Algum tempo depois, graças a seu espelho, a tirana descobre que Branca de Neve continua viva. Decide então fazer uma magia que a transforma em uma velha e feia senhora vendedora de frutas e vai atrás da moça para lhe oferecer uma maçã envenenada, que faz com que a princesa caia em um sono profundo. No final, esta é salva pelo príncipe encantado, com um beijo de amor verdadeiro. A mensagem de que a inveja não leva a nada é a principal transmitida pelo filme.
Além de ter sido o primeiro longa-metragem de animação dos estúdios Disney, lançado em 1937, foi o primeiro conto de fadas apresentado a mim, a primeira princesa que aprendi a amar, a primeira personagem com a qual me identifiquei. Minha paixão pela história fez com que uma fantasia de Branca de Neve habitasse meu guarda roupa dos 2 ao 14 anos de idade e transformou o clássico no tema da minha festa de aniversário de 3 anos.
Mas ainda não é isso que torna esse filme tão especial para mim. Além de amar o conto de fadas em si, amo as lembranças que ele me traz. Amo, acima de tudo, o fato de que toda vez que ouço alguém falando nele, um cantinho da minha memória me lembra do meu pai me chamando de Branca de Neve, me dizendo como me parecia com ela. Lembro-me dele falando que eu era sua princesinha, me contando histórias fantásticas de autoria própria para me fazer dormir todas as noites, dele brincando comigo e correndo pela casa ao invés de assistir telejornal e dizer que estava 'cansado demais para brincar'. Amo esse filme porque este me lembra da melhor época da minha vida: a época em que meu pai estava aqui, comigo. 
Não tenho nenhuma foto vestida de Branca de Neve que não seja do tempo dos meus 6, 7 anos, por isso escolhi anexar uma da época em que, segundo me dizem, mais me parecia com a princesa. A pele clara até demais, os cabelos pretos, lisos e curtos e as bochechas rosadas fizeram com que grande parte dos meus familiares me chamassem da mesma forma como meu pai me chamava, ou seja, com o nome da personagem. Eis a foto:


Bem, esse é meu filme de infância preferido. Qual é o seu?



Isadora Abrahão

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